Capítulo 24
Se as pessoas de fato conhecessem a verdadeira natureza do Cristo deixariam de ser tão reacionárias e se lançariam no caminho de sua própria redenção sem tantos sofismas de distração e auto justificativas. em vez de teorizar sobre um Cristo histórico e débil tratariam de urgentemente limpar o estábulo para que o Cristo Íntimo pudesse nascer numa mangedoura. Aos que tiverem paciência de ler e estudar atentamente a cátedra abaixo, poderão se dar conta de algumas abem elementares, porém, de difícil aceitação visto que sempre reagimos a tudo, especialmente ao novo.
No trabalho de dissolução do eu necessitamos nos entregar por completo ao Cristo Interior.
Às vezes aparecem problemas de difícil solução; logo o caminho se perde em labirintos inexplicáveis e não se sabe onde continua. Só a obediência absoluta ao Cristo Interior e ao Pai que está em secreto pode, em tais casos, orientar-nos sabiamente.
A Senda do Fio da Navalha está cheia de perigos por dentro e por fora. A moral convencional de nada serve; a moral é escrava dos costumes, da época e do lugar. O que foi moral em épocas passadas agora se tornou imoral; o que foi moral na Idade Média, por estes tempos modernos é tido como imoral. O que num país é moral em outro país é imoral, etc.
No trabalho de dissolução do ego sucede que, s vezes, quando pensamos que vamos muito bem estamos indo bem mal.
As mudanças são indispensáveis durante o avanço esotérico; mas as pessoas reacionárias permanecem aprisionadas no passado, petrificadas no tempo; trovejam e relampejam contra nós medida que realizamos avanços psicológicos profundos e mudanças radicais.
As pessoas não resistem s mudanças do Iniciado; querem que este continue petrificado em múltiplos ontens.
Qualquer mudança que o Iniciado realizar é classificada de imediato como imoral.
Olhando as coisas deste ângulo, luz do trabalho crístico, podemos evidenciar claramente a ineficácia dos diversos códigos de moral que foram escritos.
Inquestionavelmente, o Cristo manifesto, mas escondido no coração do homem real, ao se fazer responsável de nossos diversos estados psicológicos, sendo desconhecido para o mundo e as pessoas, de fato sempre é qualificado como cruel, imoral e perverso.
É paradoxal que as pessoas adorem o Cristo, mas ainda assim lhe dêem esses horríveis qualificativos.
Obviamente, as pessoas inconscientes e adormecidas só aceitam um Cristo histórico, antropomórfico; um Cristo em forma de estátua e de dogmas inquebráveis, ao qual podem acomodar facilmente todos os seus maliciosos e antiquados códigos de moral e todos os seus pré-julgamentos e condicionantes.
As pessoas jamais são capazes de conceber o Cristo Íntimo no coração humano; as multidões só adoram o Cristo estátua e isso é tudo. Quando se fala s multidões sobre a crua realidade do Cristo Revolucionário, do Cristo Vermelho, do Cristo Rebelde, de imediato se recebe qualificativos como blasfemo, herege, malvado, profanador, sacrílego, etc.
Assim são as multidões; sempre inconscientes, sempre adormecidas. Agora compreenderemos por que o Cristo crucificado no Gólgota exclama com todas as forças de sua alma: "Meu Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que fazem".
O Cristo, em si mesmo, sendo um, aparece como muitos; por isso é que se tem dito que Ele é a Unidade Múltipla Perfeita.
A quem sabe a palavra dá poder; ninguém a pronunciou, ninguém a pronunciará senão somente aquele que O tem encarnado.
O Senhor da Perfeição trabalha em nós medida que nos esforçamos conscientemente no trabalho sobre nós mesmos.
É espantosamente doloroso o trabalho que o Cristo Íntimo tem que realizar dentro de nossa própria mente.
É verdade que nosso Mestre Interior deve viver toda sua Via-Crucis no fundo mesmo de nossa própria alma.
Está escrito: "A Deus rogando e com o malho ajudando". Também está escrito: "Ajuda-te que te ajudarei".
Suplicar Divina Mãe Kundalini é fundamental quando se trata de dissolver agregados psíquicos indesejáveis; porém, o Cristo Íntimo, nos recônditos mais profundos do mim mesmo, opera sabiamente de acordo com as próprias responsabilidades que Ele coloca sobre seus ombros.
Samael Aum Weor
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