Sofrimentos em meio a tragédia e liberdade vigiada!
No ciclo da vida, em meio à nossa inocência e ignorância, somos observados, recebendo a divina proteção…
Meu irmão Vilmar com minha cunhada Terezinha em Gaspar-SC, no coração do Vale do Itajaí, nos dão exemplo, cultivando algumas árvores, desfrutando das sombras e deliciosos frutos, além da companhia dos pássaros que por lá se alimentam, procriam e cantam como que por gratidão, numa perfeita harmonia, chegando até a entrar em casa.
– Deus na sua infinita bondade nos permitiu usufruir do Planeta Terra na existência humana em superioridade a outros reinos, esperando nossa contribuição para o equilíbrio da natureza e assim, nos mantém numa vigília constante…
Liberdade Vigiada II
Terezinha observa atentamente a família de sabiás, dando numa distância segura a devida proteção e na vigília, estará sempre pronta para agir, diante de qualquer emergência, procurando sempre não interferir diretamente na vida das avezinhas…
– A divina providência se fez presente na nossa jornada, fazendo com que, segundo nossos méritos, tivéssemos um berço, além de braços capazes de suprir nossas necessidades, quando ainda éramos totalmente dependentes…
Liberdade Vigiada III
Nos dias quentes que antecederam as chuvas no Vale do Itajaí, Terezinha percebe o sofrimento das avezinhas e em tempo, providencia sombras para que as mesmas não agonizem, aquecidas pelo forte sol, porém, sempre de forma discreta, evitando assustar os pássaros (pais) que, jamais entenderiam uma interferência mais direta…
– Quando em nossa ignorância, deixamos de alcançar entendimento sobre necessários sofrimentos que nos assolam, trazendo-nos crescimento que alicerçam nossa jornada, divindades hierárquicas, fazem o que precisa ser feito. Mas, quase sempre clamamos por misericórdia nos sentindo abandonados e, às vezes, deixamos que blasfêmias se manifestem…
Vale ressaltar, no entanto, que fomos brindados com o “livre arbítrio” dentro da vida eterna e espontaneamente, podemos escolher sermos instrumentos a serviço do universo, visando beneficiar aos viventes que nos cercam, a comunidade, a pátria, a humanidade, o Planeta e nós mesmos…
Liberdade Vigiada IV
Diante das invasoras águas, a vigilante Terezinha, querendo sempre o melhor e na sua racional sabedoria, muito além do entendimento das avezinhas, decide prendê-las numa gaiola, até que as águas tomem de volta o leito do Rio Itajaí Açu, evitando assim, que chuvas e ventos às projetassem para uma possível tragédia maior, caindo nas poluídas águas que tudo ameaçavam…
– Dentro das nossas limitações é mesmo impossível entender e muito menos compreender, quando nossa divina proteção, temporariamente deixa tolhida nossa liberdade, visando à necessária proteção para que seja cumprida a nossa missão, nessa desafiante jornada…
Encontramos lindos discursos que defendem a preservação e proteção do Planeta Terra para que nossos filhos possam usufruir de benefícios futuros, porém, deixamos de cumprir na prática, uma consciente e necessária educação, capaz de formar melhores filhos para nosso Planeta…
Assim, quem sabe, devemos ficar de alguma forma presos por mais tempo, para refletirmos sobre nossa responsabilidade até que nossas divindades possam perceber em nós, consciência e comprometimento, capaz de fazer com que tenhamos atitudes práticas e eficazes, numa humilde redenção para repararmos, pelo menos em parte, as seqüelas que levianamente provocamos na Mãe Terra.
De tudo o que vale é o resultado…
Lá dentro da tragédia, precisamos entender e se possível compreender, que cada um no seu tempo e necessidade de desenvolvimento, precisa dessa drástica experiência, podendo escolher a “aceitação”, fazendo com que o sofrimento sirva de impulso para novas e promissoras conquistas ou a “lamentação” se identificando como vítima para que possa alimentar por algum tempo as lembranças do terrível sofrimento, causado pela reação da natureza que age segundo a necessidade, independente do entendimento ou compreensão humana.
De fora, aqueles que na prática se compadecem, agindo efetivamente em socorro das vítimas sem que se faça necessário entender os mistérios que nos cercam, doando o que podem em dinheiro ou bens materiais ou doando-se como podem, voluntariamente nas frentes de serviços emergenciais.
E também, aquele que se julga desenvolvido a ponto de ficar livre de sofrimentos cármicos, isento de semelhantes tragédias e tenta fazer uso do episódio para enaltecer sua espiritualidade, colocando-se como modelo para atrair seguidores que possam de alguma forma alimentar ainda mais sua pomposidade, tecendo críticas e comentários com fundamentação equivocada.
Há também aqueles distraídos e focados nos seus projetos com tanta determinação que agem de forma indiferente, ignorando sofrimentos alheios a menos que venham interferir nas suas metas…
Triste a constatação de tantos que tirando proveito da tragédia, se infiltram carregados da mais poluída intenção, sendo oportunistas, saqueadores e ladrões, além de outros que se especializam no desvio de donativos, extorquindo os necessitados com a comercialização dos produtos roubados a preços exorbitantes…
Muitas são as circunstâncias demonstrando a ignorância e fragilidade humana que, numa visão holística é sempre digna de compaixão, pois, futuros sofrimentos nos esperam. Porém, se tivéssemos lideranças mais conscientes e comprometidas, teríamos uma educação diferente há milênios, podendo ter hoje uma humanidade mais digna de consideração, habitando num Planeta bem mais saudável.
E a vida segue… No baixar das águas, voltamos à luta, limpamos as marcas, corrigimos os estragos e nos alimentamos de novas esperanças.
Se entendermos, passaremos a agir de forma a merecer compreensão e proteção ainda maior…
Terapeuta Online/Produtos Naturais/Ensino a Distância/Auto-ajuda
Realmente as coisas por lá não foram fáceis e ainda não estão. Mas, sei que meus pais (mencionados na crônica) são realmente um exemplo de força e determinação. Nunca ficam colocando eles em primeiro lugar, mas sim todos a sua volta não importando, se são pessoas ou amimais, vendo sempre o melhor pra todos. Tenho orgulho de ser filho deles, só lamento estar longe nesse momento…
Sei q Deus olha para eles e cuida deles por mim.
Daniel Coelho (Washington, DC)
Roverson enviou em 30/11/2008 07:01
Bacana o texto, tanto por tratar de um texto baseado numa observação de um evento específico, quanto na espécie de “parábola” que foi alcançada: “liberdade x necessidade”
e de fato: a constatação mais triste nessa historia, ao meu ver, é a presença dos oportunistas inescrupulosos.
Em segundo lugar no grau de tristeza, também ao meu ver, está a curta memória das pessoas, que parecem se esquecer que enchentes, alagamentos, deslizamentos, mortes, acidentes e perdas materiais são eventos 100% naturais e que COM CERTEZA ocorrerão denovo, é apenas uma questão de ‘quando’.
Bom domingo, irmão!
Roverson